quarta-feira, 26 de março de 2014

Caraíbas

Depois da conversa atribulada de Lenny com Hermione e Ginny, Lenny regressou ao lugar, onde Draco se lhe juntou pouco depois, preparando-se para o resto da viagem.
Por volta das quatro da tarde, começaram a avistar paisagens paradisíacas lá em baixo, através das janelas do avião: um mar tão azul que arrepiava, longas paisagens verdejantes e terreno branco que eram as areias da praia.
Finalmente, depois de uma longa viagem, o avião deles aterrou às quatro e meia num dos aeroportos das Bahamas, Caraíbas. Os outros dois aviões que levavam os restantes alunos e professores de Hogwarts já lá estavam, a recolher as bagagens e todos sempre muito entusiasmados.
-Está muito mais calor aqui – disse Lenny, quando saiu do avião.
-Ainda bem! Vai ser só curtir – sorriu Draco, com um sorriso no rosto.
-Acho que o Fred e o George já estão a planear uma festa – declarou Lenny, que os ouvira a falar sobre isso - provavelmente domingo ou segunda-feira, tipo festa de despedida.
-Vais com o teu vestido preto outra vez? – questionou Draco, com um sorriso travesso.
-Acho que a Ginny não o trouxe – replicou Lenny – mas acho que consigo desencantar um ou outro na minha mala…
-Curto, de preferência – disse Draco, atrevido, levando uma cotovelada por parte de Lenny.
Depois de recolherem as bagagens e de fazerem o check-out, o grupo gigantesco de alunos e professores reuniu-se perto de um grupo de autocarros que os levaria até às cabanas de praia. Após terem arrumado as malas e se terem instalado, prosseguiram viagem. A certa altura, avistaram o mar, limpo e muito azul, juntamente com palmeiras. Não havia ninguém na praia, pois os professores tinham escolhido uma área privada, de modo a ser mais reservada e acolhedora e a não haver suspeitas. De qualquer modo, os feiticeiros iam revestidos com um feitiço de deformação que fazia os Muggles pensarem que onde eles estavam não existia ninguém e tinham também a sensação de não querer por nada ir para aquele lugar.
Os autocarros pararam junto a uma praia. Depois de algum tempo a caminhar, chegaram à zona das cabanas de praia: vinte e oito pequenas casas de madeira inseridas na praia, com areia a rodeá-la e o mar ali perto. Era uma paisagem maravilhosa: com palmeiras altas, areia branca, o mar azul cristalino… a Lenny e aos outros só lhes apetecia deixar cair as malas e correr para a areia ou para o mar.



-Uau – exclamaram, chegando finalmente à areia. Lenny, tal como muitos outros, tirou imediatamente os sapatos, sentindo a areia quente e fina nos pés.
-Atenção, meninos – a voz da professora McGonagall soou ampliada, pois usara um feitiço de ampliação de voz de forma a se fazer ouvir por cima do barulho dos alunos – vão ser colocados em grupos de dez, sendo-vos atribuído uma cabana. Já sabem, se a sujarem, limpam-na. Existe comida dentro das cabanas, mas não sejam tolos a gastá-la toda num dia, pois se quiserem mais vão ter de a fazer ou de a comprar. Sem confusão, vá, procurem na lista junto ao vosso Chefe de Equipa com quem vão ficar.
Lenny e Draco aproximaram-se de Slughorn, que já estava rodeado de Slytherins. Seriam sete cabanas por equipa, e Slughorn ia já na terceira cabana.
-Cabana quatro – afirmou ele, passado um pouco – feminina. Daphne Greengrass, Astoria Greengrass, Pansy Parkinson, Millicent Bulstrode, Lenny Gant…
Lenny conhecia todas as raparigas Slytherin com quem ia partilhar a cabana e só se dava especialmente mal com Pansy. Draco ficou na cabana seis com Blaise Zabini, Adrian Pucey, Marcus Flint, Gregory Goyle, Vincent Crabbe, Miles Bletchley e mais três outros Slytherin.
Com a ajuda de feitiços, pois já eram todas maiores de idade (a maioridade no mundo dos feiticeiros atingia-se aos dezassete anos), Lenny, Daphne e as outras transportaram as suas malas até à cabana quatro. As cabanas tinham sido agrupadas por casas, ou seja, as sete primeiras cabanas pertenciam aos Gryffindor, as sete a seguir, aos Hufflepuff, as sete a seguir, aos Ravenclaw, e por fim as sete cabanas dos Slytherin.
-Tínhamos logo que ser os últimos – resmungou Pansy – temos de andar mais.
As cabanas eram todas iguais, com telhados de colmo e uma espécie de plataforma-terraço de tijolo com cadeiras à frente.


-Temos mesmo de aproveitar bem – disse Daphne – é o nosso último ano em Hogwarts e mesmo assim acho que eles não vão voltar a fazer isto durante algum tempo.
-Pois, ainda para mais sendo o Ministério a pagar – corroborou Lenny.
-Devem estar a fazer estas coisas todas para os que foram à batalha de Hogwarts esquecerem, ou pelo menos relaxarem e deixarem para trás os horrores do que aconteceu - confidenciou Milly, uma rapariga Slytherin um ano mais nova que Lenny. 
-Despachem-se, miúdas! – gritou Marcus Flint entrando na cabana seis – mal podemos esperar por vos ver de biquíni!
Lenny revirou os olhos, em conjunto com mais algumas raparigas, entrando em seguida na cabana. Esta era acolhedora e pequena, toda de madeira. Entrava-se para uma sala que fazia de estar e de jantar, depois havia uma pequena cozinha, há direita uma casa de banho e dois quartos com três beliches cada ao fundo.
-Eu fico com a cama de cima! – exclamou Pansy entrando no primeiro quarto. Lenny também entrou, juntamente com Daphne, Astoria e Millicent. O quarto tinha uma janela que dava para as palmeiras nas traseiras da casa. Tinha também um guarda-roupa e uma cómoda. Pansy colocou a sua mala na cama de cima de um dos beliches e Millicent na de baixo. Daphne ficou noutro beliche, ficando com a cama de cima e Astoria com a de baixo e Lenny ficou num beliche de cima com ninguém por baixo. 
-Já há gente na água! - exclamou Milly, que ficara com mais 4 raparigas no quarto ao lado. 
-Como é que conseguem ser tão rápidos? - bufou Pansy.
-Eu ainda não vou - disse Daphne por sua vez - prefiro arrumar as minhas coisas primeiro, com calma.
-Ou podias usar magia! - exclamou Lenny, que nesse momento acabava de desfazer as malas com a sua varinha e se dirigia à casa-de-banho para vestir o biquíni. A casa-de-banho tinha vários cubículos individuais e uma bancada com vários lavatórios e um grande espelho. Havia também um chuveiro ao fundo. 
Depois de vestir o biquíni, Lenny pegou numa toalha e numa pequena mala e saiu pela cabana, para o ar quente da praia.

Representação do biquíni de Lenny

Lenny reparou que os costumes dos feiticeiros na praia não eram muito diferentes dos dos Muggles. Havia alunos estendidos nas toalhas de praia a apanhar sol, outros a nadar ou a chapinhar na água, alguns jogavam com uma espécie de disco encantado ou com raquetes mágicas e alguns filhos de Muggles preferiam os jogos Muggles tradicionais como o voleibol de praia, o surf, a petanca ou o futebol de praia e divertiam-se a ensinar os puro-sangue ou os meio-sangue que não tinham tido contacto com o mundo Muggle, apesar de um dos seus pais ser de origem Muggle. Também havia fatos-de-banho para todos os gostos e feitios: muito coloridos, listrados, às bolinhas, brancos e pretos, havaianos, tradicionais ou modernos, existia de tudo um pouco.
-Estamos giros, não estamos? – perguntou Fred, que apareceu à frente de Lenny juntamente com George. Ambos exibiam um fato de banho laranja com flores brancas havaianas.
-Que é que estão a fazer na zona dos Slytherin? – questionou Lenny.
-Resolvemos Aparecer para ver as vistas. As raparigas Slytherin podem ser más e parecer inalcançáveis, mas são bem giras – declarou George.
-Oh, poupem-me – pediu Lenny.
-Tu estavas incluída, Lenny, excetuando aquilo de seres má, porque não és – riu Fred. Lenny tentou não corar.
-Já que estão tão atentos aos arredores, viram o Draco? – inquiriu a rapariga.
-A última vez que o vimos estava com o Zabini a falar com umas miúdas… - disse George, mas depois calou-se.
-Desde que a Anastacia não esteja incluída, tudo bem – afirmou Lenny, decidida a não deixar os ciúmes interferir na sua relação com Draco.
-Len! – exclamou uma voz não muito longe dali. Lenny olhou para o local de onde vinha a voz, vendo primeiro Blaise, não muito longe da beira-mar e com uns calções verde-escuros, e depois Draco. Nunca o vira em tronco nu, mas não havia dúvidas que ficava bem.

Sem comentários:

Enviar um comentário