quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Abismo Profundo & Sombrio

O vento fazia estremecer o tecido da tenda e o ruído fê-los acordar a todos. Arranjaram-se e depois reuniram-se na sala para tomar o pequeno-almoço. Fred e George abriram um bocadinho o fecho da tenda.
-Ah, malta... acho que vão querer ver isto - disse Fred.
-O que foi? - perguntou Ron e todos se aproximaram. Um a um, constataram o que os gémeos queriam dizer com aquilo. A dar lugar ao lago e à relva que o rodeavam, havia agora dunas e dunas de areia dourada e o vento revolvia a poeira, formando uma tempestade de areia. 


-Vou sair para ver o que se passa - disse George mas os outros impediram-no. Regressaram todos à mesa do pequeno-almoço.
-Isto pode ser apenas uma ilusão - afirmou Harry.
-Sim, duvido que a tenda tenha "voado" até ao deserto do Sara durante a noite, sem que tenhamos dado por nada - ironizou Ron. 
-Eu cá acho que é propositado - atirou Hermione, remexendo os cereais com a colher - a paisagem deve ser rotativa. Como se se adequasse àquilo de que precisamos, percebem? Antes precisávamos de um sítio calmo onde nos pudéssemos refrescar, acalmar e falar uns com uns outros.
-E achas que agora precisamos de um deserto com uma tempestade de areia? - interpelou-a Fred, com um sorriso de gozo na cara.
-E isto é estranho - declarou Lenny - porque haveria a jornada de ser assim, fácil? De nos ajudar? 
-Sabe-se lá - Harry encolheu os ombros.
-Lenny, a bússola! - exclamou Ginny. Lenny tirou-a de dentro da sua mala de missangas e abriu-a. A agulha girou durante algum tempo e depois parou, apontando para a porta da tenda. 
-É a única hipótese - disse George - temos de sair.
-Podemos ao menos esperar que a tempestade passe? - perguntou Draco.
-Sim, é melhor - concordaram os outros.

*

O vento parou de assobiar e de abanar o tecido da tenda por volta do meio dia. O sol fazia aquecer a tenda de tal forma que pareciam que estavam num solário ou numa sauna, mas os gémeos haviam posto leques a voar e a abanar-se continuamente, provocando uma brisa fresca dentro da tenda. Arrumaram tudo e Hermione insistiu que cada um dos rapazes levasse uma mochila com mantimentos e roupa, às quais colocou o Feitiço de Extensão Indetetável. Por fim, saíram para fora da tenda.
Se os leques voadores não os tivessem seguido e senão tivessem tanta água, teriam, provavelmente morrido de desidratação ou calor. Estavam mais de quarenta e cinco graus, à vontade, e o sol brilhava num céu límpido e sem nuvens. Não se via nada a não ser dunas e dunas de areia. A poeira já não dançava no ar e o único ruído era os passos deles na areia.
-Antes de continuarmos, quero que me ajudem a duplicar esta tenda seis vezes - comunicou Hermione - uma para cada um de nós.
-Fogo, Hermione, achas mesmo que isso é necessário? - resmungou Fred.
-Fred, queres que te relembre as condições em que vivemos nos últimos dias? Quanto a ti não sei, mas eu, se tenho a possibilidade de levar uma mini-casa dentro da minha mala, prefiro levá-la a dormir com uma manta no chão - referiu Hermione, friamente.
-Pronto, pronto - deixou-se Fred convencer. Apontaram todos a varinha à tenda e proferiram:
-Geminio!
Nesse momento, seis tendas exatamente iguais à primeira apareceram junto a esta, formando uma linha. Cada um, com a varinha, fê-las diminuir até caberem dentro das respetivas malas/mochilas. Lenny abriu novamente a bússola e juntos, seguiram pelo deserto, com os leques voadores a amenizar o calor e a refrescá-los com as leves brisas, sob um sol resplandecente e felizes acima de tudo, por estarem novamente juntos.

*

Andaram o dia todo com os leques atrás e a bebericar água constantemente. Não falavam e não faziam movimentos desnecessários, para pouparem esforço. Ao anoitecer, voltaram a montar uma das tendas (a de Hermione) e discutiram a possibilidade de, de manhã, se depararem com um cenário diferente do do deserto. 
-Só espero que seja melhor que isto - disse Ron - estou estafado.
-Esperemos - concordaram os outros e foram deitar-se cedo, cansados. 
No dia seguinte, como haviam esperado, encontraram outro cenário à sua espera. Mas não foi, de tudo aquilo que lhes passou pela cabeça, o cenário de que estavam à espera.
Havia uma única porta num meio de um jardim cheio de arbustos. Não havia flores nem árvores, apenas arbustos verdes-escuro e aquela porta metálica ao centro. Umas letras desgastadas estavam inscritas na porta e Hermione franziu o sobrolho ao tentar lê-las.
-Entramos? - questionou Fred.
-Tem de ser, não é? É a nossa única hipótese - disse Harry, vagueando o jardim com o olhar. Nada ali lhe parecia ser uma saída, à exceção da porta.
-Não precisamos de ter dúvidas. Lenny, a bússola – declarou Draco. Lenny abriu-a e todos constataram o óbvio: tinham de prosseguir pela porta.
Avançaram todos mas Lenny adiantou-se: não por querer ser a primeira a ver o que estava do lado de lá da porta, mas pelo facto de como fora ela a sujeitar os outros àquilo, queria ser ela a sujeitar-se primeiro ao perigo. Rodou a maçaneta e a porta fez um ruído metálico ao abrir-se para dentro. Uma luz branca ofuscou-os. Quando Ron, o último a entrar, fechou a porta, Fred e George soltaram um grito.
-Oh!
Era a maior quantidade de utensílios para partidas e brincadeiras mágicas que já tinham visto: duas montanhas de objetos, separadas por um caminho de cimento, erguiam-se à frente deles.
-Fred, George, temos de continuar – avisou-os Ginny, puxando Fred por um braço. Porém, os olhos deles brilhavam e dirigiu-se cada um a uma montanha e começaram a tirar e a admirar os brinquedos. Hermione murmurou qualquer coisa que soava a “implicações", mas os outros estavam demasiado assombrados com a reação dos gémeos para lhe perguntarem o que é que ela estava a dizer. Não compreendiam eles que aquilo que os levava ali era muito mais importante que aquela tralha?
-Está na hora de irmos embora – tentou Ron, puxando George, que se libertou com um safanão e olhou para Fred com um entusiasmo assustador.
-Ei, Fred, já viste o que seriam estas coisas na nossa loja? Ficaríamos ricos instantaneamente!
-É verdade, George, é verdade! – riu Fred. Draco cruzou o olhar com Lenny e esta percebeu que a paciência do rapaz chegara ao limite.
-Toca a andar – Draco agarrou Fred por um braço e Harry foi ajudá-lo. Ginny juntou-se a eles, enquanto Hermione, Lenny e Ron tentavam demolir George daquela ideia estúpida.
-Não! – berrou Fred, como se fosse uma criança mimada e birrenta, tentando agarrar tudo com as mãos.
-Já chega, a sério – disse Harry firmemente e, ao fim de cinco minutos, conseguiram arrastá-los dali para fora. Lentamente, e à medida que as duas montanhas com partidas mágicas ia ficando cada vez mais longe, o cenário começou a mudar. A luz dourada foi o que lhes saltou primeiro à vista. Lentamente, uma enchente de galeões resvalou para perto deles e desta feita, Ron guinchou que nem um louco.
-Galeões! Dinheiro! – gritou ele, pegando em tantos quanto podia com as mãos. Os outros não se mexeram, começando a perceber o que se passava ali.
-Vamos embora, Ron – afirmou Hermione.
-Não! Agarrem no que puderem! Estamos ricos! – riu ele. Draco agarrou-lhe novamente num braço e, juntamente com os outros, levou-o dali para fora. O cenário voltou a mudar: apareceu-lhes um pódio à frente e juntamente com o número um escrito a tinta preta no lugar do primeiro lugar, havia um nome: Ginny Weasley. Imagens de Quidditch, de Ginny montada na vassoura e a apanhar a snitch passavam por detrás do pódio. Ginny não hesitou e subiu para o seu lugar. Um troféu grande e dourado apareceu-lhe nas mãos e o som de aplausos surgiu como um trovão.
-Obrigada, obrigada – disse ela, sorrindo.
-Quanto mais depressa acabarmos isto, melhor – disse Lenny e os outros levaram Ginny, contra a sua vontade, de volta ao caminho a seguir.
Desta vez, foram os livros que eles avistaram e souberam instantaneamente quem seria afetado. Olharam para Hermione, de olhos esbugalhados e um sorriso tonto no rosto, que pegava já num livro de aspeto caro e antigo. Hermione tentou falar, mas parecia tão entusiasmada que não conseguiu. A reboque, lá foi ela com os outros.
Harry foi a vítima seguinte: réplicas dos pais e de todos os seus entes queridos que haviam morrido surgiram-lhe à frente, sorrindo-lhe corajosamente. Por sorte, os gémeos agarraram-no a tempo de ele ir ter com eles.
Draco foi a seguir. O seu cenário reproduziu o seu pai, sorrindo e parecendo muitos anos mais novo, acompanhado da sua mãe, também ela sorrindo e parecendo mais nova. Estes cumprimentavam uma réplica de Lenny, parecendo dar-se todos muito bem. Lenny sabia o que aquilo significava para ele, pelo que o seu ritmo cardíaco aumentou ao aperceber-se de que fora a única que ainda não tinha sido vítima de nada. Lentamente, avançaram para o cenário final.
Lenny sabia o que a esperava, mas não estava certa de que seria verdade ou não. Deparou-se com, nada mais nada menos, os pais vivos e a sorrir, olhando para ela. Mas quando os viu, tudo o resto se desvaneceu. Não queria saber se eles eram verdade ou não, apenas lhe interessava o facto de que estavam ali, vivos e com ela. Correu para eles, mas no instante em que lhes tocou, um grande buraco negro abriu-se-lhes aos pés e caíram todos para um abismo profundo e sombrio.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Reencontro

Lenny correu desenfreadamente pelo túnel fora, o coração a querer saltar-lhe do peito. A luz tornava-se mais intensa à medida que a rapariga se aproximava. Por fim, o túnel abriu-se, expandindo-se numa paisagem rústica preenchida por um lago de água fresca e por relva à frente e atrás do lago, mas não nos lados, pelo que não havia passagem de terra entre as duas margens. Não havia ninguém.
Lenny não sabia o que pensar ou o que fazer. Podia ficar ali à espera dos amigos ou tentar procurá-los... porém o seu raciocínio foi interrompido por uma voz.
-Lenny! - esta virou-se e viu Hermione correr na sua direção, com a mala azul a tiracolo e com ar muito cansado, mas com absoluta alegria ao vê-la.
-Hermione! - correu na sua direção, abraçaram-se e ambas suspiraram de alívio ao envolver os braços nalgo sólido e não num holograma ou num fantasma, numa representação. 
-Estás bem? - questionaram ao mesmo tempo e soltaram uma pequena gargalhada. A ambas lhe doeram os músculos da cara. Não sorriam há dias e não se viam há uma semana.
-Eu por mim contava-te já tudo - disse Hermione - mas não me apetece repetir a mesma história vezes sem conta... vamos esperar pelos outros...
Um silêncio assustador tomou conta delas enquanto esperavam. Hermione tinha lavado a cara no lago e perguntava-se se seria boa ideia tomar banho no lago antes de algum dos rapazes aparecer, quando uma mancha de ruivo rompeu a superfície da água. 
-Ginny! - guinchou Hermione, debruçando-se para ajudar a amiga a sair do lago. Hermione e Lenny fizeram-na sair do lago, deitando-a na berma. Passado algum tempo, Ginny começou a falar.
-Caí num buraco, no túnel. Quando me apercebi, estava dentro de água. Estou tão contente por vos ver - sorriu ela.
Decidiram refrescar-se no lago enquanto não havia pessoas masculinas e depois vestiram roupas limpas e petiscaram, sempre sem falar do que haviam passado no túnel.
Estavam a falar dos EFBE's quando uma voz grave ressoou por detrás delas.
-Tiveram saudades minhas?
Hermione virou-se, o vento a fazer esvoaçar os seus cabelos volumosos e cor de mel e lançou-se aos braços de Ron. Este abraçou-a firmemente e quando tomaram consciência, afastaram-se, envergonhados.
-Ron - Ginny abraçou-o e Ron esboçou um sorriso. Depois Lenny fez o mesmo. Ron olhou-as.
-Vocês fazem-me parecer um mendigo. Porque é que as raparigas têm de estar sempre tão limpas? - resmungou ele e elas riram-se.
-Já só faltam quatro - afirmou Hermione enquanto preparava sandes para Ron.
George foi o seguinte a aparecer. Ouviram um estrondo e viram-no caído na relva, a poucos metros deles. Correram para lá e deram-lhe água e comida. A primeira coisa que perguntou, ao vê-los, ali, foi:
-O Fred?
-Ele vem já - sossegou-o Hermione.
-Já aqui estou - indagou outra voz e George levantou-se num ápice e abraçou fortemente o irmão gémeo. Seguiram-se mais abraços e as raparigas riram-se com a fome dos rapazes. 
O sol estava a pôr-se naquele décimo dia da jornada e foi então que Lenny os viu: Harry e Draco, do outro lado do lago, a arrastarem-se pela relva. Draco ajudava Harry a manter-se firme, com um braço pelos ombros deste último. Harry tinha os olhos fechados e os óculos tortos. Lenny e os outros não pensaram duas vezes. Saltaram para o lago e nadaram com as forças que lhes restavam, já que não havia um caminho de terra porque pudessem passar para chegar até eles. Teriam de nadar todos de volta para terra firme e Harry e Draco não o conseguiriam fazer, sozinhos, não no estado em que se encontravam.
Tinham as roupas esfarrapadas, a pele arranhada e alguns cortes sangrentos. Fred, George e Ginny ajudaram Harry a atravessar o lago enquanto Lenny, Ginny e Ron (ainda que não apetecesse muito a este último ajudar o antigo rival) acudiram a Draco. 
O sol já se havia posto quando chegaram por fim à berma do lago, dando lugar a um céu iluminado por estrelas e por uma lua quase cheia. 
Hermione tratou das feridas dos rapazes através do feitiço Reparo. Colocou os óculos de Harry direitos proferindo Oculus Reparo enquanto os outros lhes davam comida e água.
Harry abriu por fim os olhos e Draco não esperou mais e abraçou Lenny. Os abraços demoraram muito tempo. Hermione deixou escapar algumas lágrimas, mas os outros não pareceram reparar. 
-Acho melhor acamparmos aqui, por hoje - sugeriu Ginny.
-Se nos juntarmos, acho que podemos transformar uma das pedras numa tenda - propôs Hermione.
Juntos, conseguiram, e Hermione pôs-lhe o feitiço de Extensão, para que a tenda, embora tivesse um aspeto e tamanho normal por fora, por dentro, fosse uma verdadeira casa. 


Colocaram-lhes também os feitiços de proteção - Protego Totalum, Salvio Hexia e Cave Inimicum (usados para proteger a tenda), Repello Muggletum (feitiço de repelir Muggles), Muffliato (usado para não se ouvir as conversas em redor da tenda) e o feitiço de Desilusão (camuflagem).
Depois de todos se terem alimentado e comido e de os rapazes se terem banhado no lago, enquanto as raparigas dormitavam no interior da tenda (Harry, por precaução, aplicou um feitiço de proteção à volta da tenda, impedindo-as de espreitar lá para fora) reuniram-se todos e cada um contou o que vivenciara no respetivo túnel.
-Para mim, o Sem Forma foi a pior parte - disse Lenny e todos concordaram com ela, embora Hermione tivesse corado quando falou do dela, pois o seu Sem Forma era o único que não envolvia mortes de entes queridos. Os outros descansaram-na, dizendo que a conheciam. Resolveram não entrar em muitos pormenores, já que lhes era difícil a todos relembrarem-se do que haviam passado no túnel. Lenny lamentou tê-los feito passar por tal sofrimento, mas os outros mandaram-na calar.
A maioria foi deitar-se cedo. Haviam três quartos, um com dois beliches (usados por Fred, George, Ron e Harry), outro com três camas de solteiro (usado por Lenny, Hermione e Ginny) e um outro com uma cama de casal, onde dormiria Draco, já que ele preferia ficar sozinho e os outros também não tinham muita vontade de partilhar um quarto com ele.
Lenny foi lavar os dentes e quando regressou à sala da tenda, esta estava vazia. Sabia que todos já se tinham ido deitar, exceto Draco, e como ouviu barulho vindo de fora da tenda, saiu lá para fora.
Este encontrava-se sentado na relva, mirando o reflexo da lua branca nas águas calmas e escuras do lago. Draco e Harry não haviam falado de como se tinham juntado ao ponto de aparecerem juntos no lago: de facto, ninguém se lembrara de lhes perguntar. Lenny sabia que Hermione e Fred haviam encontrado o lago da mesma forma que ela: vendo uma luz ao fundo do túnel, George dera um passo e num minuto estava no túnel, no outro, caído na relva à beira do lago e que Ginny caíra num buraco e havia caído no lago.
Lenny e Draco não tinham tido grandes oportunidades para falarem, pois estavam sempre rodeados de gente, mas Lenny sentia a necessidade de falar com ele. Sentou-se a seu lado e mirou os seus reflexos na água do lago: Draco estava ainda mais pálido com a luz da lua a incidir sobre a sua pele e tinha grandes olheiras arroxeadas em volta dos olhos cinzentos.
-Está tudo bem? - perguntou ela, com voz suave.
-Não podia estar melhor. Estamos todos bem - respondeu Draco e Lenny sorriu ao aperceber-se de que Draco não se referia apenas a eles os dois.
-Foi muito nobre da tua parte teres ajudado o Harry - declarou Lenny, hesitante.
-Agora estamos quites - proferiu Draco, referindo-se aquando Harry o salvara da Sala das Necessidades, que ardia, durante a Batalha de Hogwarts.
-O que aconteceu?
-Os nossos túneis encontraram-se e houve uma avalanche. Ele ficou soterrado. Não o podia deixar ali...
-Fizeste bem.
-Ele murmurou... "Draco... obrigado". E depois chegámos ao lago.
-Sei que não o fizeste por mim, Draco, mas fico-te muito agradecida...
-Não o fiz? - interrogou ele, confuso.
-Não, Draco. Podes tentar convencer-te de que salvaste o Harry por minha causa, mas eu sei que no fundo não foi essa a verdadeira razão. Está na hora de começares a perceber que por debaixo dessa carapaça, desse escudo aparentemente inquebrável, palpita um coração bom.
-Só dizes isso para me fazer sentir melhor - argumentou Draco.
-Digo-o porque é verdade - replicou Lenny, esboçando um sorriso cuidadoso.
Draco apertou-lhe suavemente a mão, agradecido. Olharam-se durante algum tempo e depois Lenny indagou:
-É melhor descansarmos. Amanhã será um longo dia.
-Sim - concordou Draco e com isto levantaram-se e foi cada um para o seu quarto.